sábado, 11 de dezembro de 2010

Que música devo tocar?


Dicas para escolher as músicas adequadas para cada momento em um Evento


“Bendizei, povos, ao nosso Deus, e fazei ouvir a voz do seu louvor” Salmo 66,8




PERGUNTANDO AO ESPÍRITO SANTO
Escolher as canções que vamos usar nos grupos e celebrações eucarísticas é como escolher com que espada lutaremos. Não podemos ser negligentes com nosso ministério e escolher essa ou aquela música por que o povo gosta, sabe a letra, tem gestinho que o povo já conhece, está na moda. Não podem ser esses nossos critérios de escolha. Devemos parar e perguntar ao Espírito: “Que músicas o povo que vem aqui hoje precisa, Senhor, a começar de mim?”

O MOTIVO DO LOUVOR INICIAL
Já vi o mover de Deus se manifestar poderosamente no “aleluia, aleluia” de “A alegria está no coração” e já vi o Senhor não fazer nada também quando cantamos essa mesma música. O problema não está na canção, está em nós. Escolhemos, muitas vezes, a música que dá certo e não a que é certa. Não damos valor ao louvor inicial do grupo. Esquecemos que o Senhor é atraído pelo louvor. Não cantamos músicas animadas para o povo ficar feliz, ou se confraternizar, isso é fruto, conseqüência. O Louvor inicial de nossos encontros é para atrair o coração de Deus. Para que a alegria da Sua Presença se faça real em nossas vidas.

PROFUNDIDADE DAS LETRAS
Certa vez, em preparação para um carnaval, decidimos fazer um livrinho para os cantores do ministério com as letras das músicas que poderíamos usar no encontro que tocaríamos. Quando comecei a escrever as letras percebi que não prestava atenção nelas. Cantava no impulso, minha cabeça já as sabia, então quase não prestava atenção em quanta riqueza havia em cada uma delas. Uma canção muito antiga que me chamou a atenção foi “Senhor, me queima com a brasa do altar!”. Lembro que até rimos disso durante um tempo, sobre nossa desatenção. Essa música foi transformada pelo Espírito em mim, quando parei para ver que pedimos a mesma unção de purificação que Deus deu a Isaías: a brasa do altar que nos toca.

Esse é um exemplo de muitos. Precisamos dar atenção ao que cantamos, desde a primeira música até a ultima, por que não é a música em si que cura e toca, mas o que ela traz, a unção em sua letra e melodia precisam estar presentes e não estão quando não estamos conscientes do que estamos fazendo.

MINISTRAR A MÚSICA
Como estar consciente? Primeiro, perguntando ao Senhor quais canções devemos cantar. Segundo, perguntando ao Senhor que direção Ele quer com cada uma delas. O mover de Deus é sempre novo, sempre revela algo mais do que nos parece tão comum. Há uma canção no nosso Cd –Eu e Tu- que se chama “No louvor”. Quando compus esta canção minha visão foi da liberdade que podemos ter diante do Deus que rasgou o véu. A letra da canção fala: “ Posso cantar ao Deus da minha Salvação. Cantar em adoração. Cantar e deixar a Presença de Deus encher este lugar.” Sempre ministrei neste sentido, pois havia sido essa a direção que o Senhor tinha me dado. Mas um dia, em meu quarto, estava me sentindo acusada pelo inimigo de Deus, que me dizia: “Você não pode fazer nada! Você não pode mudar essa realidade que lhe angustia!”. Lembro que o Espírito me inspirou a colocar o cd pra ouvir e orar. Quando chegou nessa canção Ele me disse: “Você pode sim! Você cantar, dançar, pular, louvar, sorrir e deixar a Presença de Deus encher este lugar e transformar toda realidade! Enquanto você louva, Ele age!”. O refrão da canção é justamente isso: “ No louvor Ele age, Sua mão se levante em favor dos que estão em Sua Presença de coração!”. O Senhor me deu um outro direcionamento, que tenho usado em nossas ministrações, quando Ele inspira: somos vencedores quando louvamos a Deus! Nisso aprendi a parar sobre as canções e meditar sobre suas letras, pedindo ao Senhor que renove meu olhar sobre o que para mim se tornou comum. Ainda espero novos direcionamentos para esta mesma canção e sei que o Senhor dará.

CANÇÕES AMULETOS
É muito triste quando vemos algumas canções maravilhosas virarem amuletos, cartas certeiras para certo tipo de situações. “O povo não está demonstrando o que está sentindo? Toca “aquela” música, tenho certeza que todo mundo vai chorar!”. É ridícula a manipulação que tentamos fazer com a unção de Deus. Mas não dá certo. O Senhor quer nos dar profundidade e isso só conseguimos quando estamos no Senhor. Quando ouvimos as inspirações do Espírito e as seguimos, mesmo que não entendamos, mas a obediência traz o mover de Deus. Certa vez, já havíamos escolhido todas as canções que tocaríamos num encontro só para mulheres, fizemos um encadernado das cifras, arranjos vocais e tudo mais, mas na hora de uma pregação o Senhor nos inspirou uma outra canção, que não estava nos nossos planos, nem havíamos levado cifra dela. Lembro que a Isaura, uma de nossas cantoras, me disse: Se Deus mandou vamos cantar, vou sentar aí e tirar a cifra. E vimos a graça de Deus ser derramada. Pessoas que até aquele momento não se abriram ao Espírito, pela canção conseguiram abrir seus corações e experimentar o Amor de Deus.

MINISTRANDO SOB A VONTADE DE DEUS
Ele é o Médico, sabe o remédio certo para cada um de nós. Nós somos apenas os enfermeiros que recebem ordens e ministram o remédio. Precisamos estar atentos para que ministremos do jeito certo, o remédio certo. Se não, acabamos nos fazendo de médicos e dando ao nosso povo o remédio que nós, em nossa vã sabedoria, achamos ser o melhor. Estejamos atentos ao mover de Deus e ao novo olhar que Ele deseja nos dar.

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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Leonardo Vergara - Profissionalismo e dedicação a música


Este é um do grande músico, além de um estupendo arranjador é produtor musical de diversos trabalhos como o CD Ressuscitou da Comunidade Católica Shalom, Grecco, Maninho entres outros.

É guitarrista do Ministério de Música Eterna Aliança. Como também é responsável por um estúdio chamado Tríade na Cidade de Pelotas-RS. Querendo conhecer mais sobre este grande amigo esntre e contato pelos respectivos endereços:





















Sua Ficha Técnica:

Arranjador, produtor musical e mix solution, o gaúcho Leonardo Vergara deu os seus primeiros passos na música com 10 anos estudando violão erudito, hoje é formado em música pela UFPEL (Universidade Federal de Pelotas). Sua história com a música católica começa em 1993. Em 1995 funda junto com seus primos, uma banda de baile que por muitos anos foi destaque na cidade e região. No ano 2000 inaugura o estúdio Tríade e deixa a noite para atuar apenas como músico católico, tocando no ministério de música Eterna Aliança. No estúdio participa de mais de 200 trabalhos no estado, Brasil e alguns para fora do país, seja gravando, mixando, arranjando, produzindo ou executando instrumentos. Destaca os cinco últimos trabalhos todos lançados e produzidos para o meio católico. CD “Em Tua Presença”, lançado pela gravadora CODIMUC, realizou junto com Alexandre Chagas os arranjos e gravações.

No CD “Celebrando Pentecostes” (músicas para Grupos de oração), ficou responsável pelos arranjos, produção musical, guitarras, violões, gravações e mixagem. Nesse trabalho entraram músicas de sucesso e cantores muito conhecidos no meio católico, como Fábio de Melo, Eros Biondine, Eugenio Jorge, Ziza Fernandes, Maninho, Suely Façanha, Dalvimar Gallo etc. Muitos deles amigos pessoais. Com o CD “Canções Proféticas”, músicas inéditas, também interpretadas por grandes nomes da música Católica, fez as gravações, produção musical, guitarras, violões e arranjos junto com Cristian Lopes da Comunidade Canção Nova. Esses dois trabalhos foram lançados pela RCC Brasil em Congressos Nacionais.

No CD “Feito de escolhas”, do amigo e Cantor Maninho, fez os violões e arranjos em parceria com Maninho, lançado pela Canção Nova. E por último o CD do “Grecco”. Arranjos, produção musical, guitarras e violões. Também lançado pela Canção Nova. Além de atuar como produtor musical, Leonardo trabalha com produção de Jingles comerciais, políticos, trilhas sonoras, vinhetas e tudo que for ligado a áudios.





quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O silêncio do músico


Se não soubermos silenciar, não escutaremos a voz de Deus, não escutaremos o irmão, não escutaremos nem mesmo a nossa consciência, e é nesse ponto que o erro acontece, erro que pode modificar uma vida inteira.

Ah, como seria bom se aprendêssemos a silenciar, como fazem os monges, os eremitas, os santos, os estudiosos, os místicos! Homens e mulheres que se refugiam em locais especiais, que de especial estes têm o silêncio, a natureza, a solidão. E quando não há ninguém por perto encontramos a Deus, encontramos a nós mesmos, encontramos a todos.

O silêncio é a primeira canção que o ministro de música precisa ouvir. Saber conviver com a solidão é sinal de maturidade espiritual.

A princípio não é fácil lidar com o silêncio, temos dificuldades. Mas isso é de se esperar, pois não estamos acostumados. No entanto, com disciplina e perseverança, tornamos o que não é natural em algo espontâneo.

Experimente silenciar. Deus abençoe.

"Tamu junto"!


Repertório adequado para Missa

Para optar pelo repertório adequado para a Santa Missa a observância destes pontos é fundamental:

- Fazer a leitura de toda a liturgia, ver o contexto de todo o Evangelho, depois a leitura e os salmos;
- Ver antífona de cada dia;
- Recorrer à Instrução do Geral do Missal Romano e
- Observar os tempos litúrgicos.

Karina Maria - missionária da Canção Nova

Os Músicos Católicos tem como missão levar as pessoas para Deus


Não podemos tirar o olhar de que somos ministros de música. Quando estamos na animação do grupo de oração, de encontros, da Santa Missa, de retiros, a nossa função não é mostrar que cantamos bonito, que temos técnica, alcançamos lindas notas ou fazemos belos acordes; a nossa missão é ministrar a Palavra de Deus através da música. O solo da sua guitarra precisa me levar para Deus, a virada da bateria precisa me levar para Deus, o acorde do teclado e violão precisam me levar para Deus.

Não se preocupe em demonstrar que você sabe, preocupe-se em fazer a vontade de Deus, em cantar e tocar para Deus. Faça a experiência de cantar e tocar para o Senhor! Faça dessa missão sua oração. Quando você tiver uma experiência divina por meio da sua música, seja ela tocada ou cantada, tenha a certeza de que as pessoas que o escutam também se encontrarão com Deus.

O apelo que faço nesta hora é: Não esqueça que você é um ministro de música do Senhor! Um servo do Senhor que, através desse dom que Ele mesmo lhe deu, é convidado para levar as pessoas ao Pai.

Que se ergam os ministros de música do Brasil e do mundo!

Deus o abençoe!

Com orações,


Emanuel Stênio
Comunidade Canção Nova

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A CELEBRAÇÃO DE FINADOS - Vivamos este tempo músicos!


Estamos no Mês de novembro. Nesse mês, de modo especial no dia de finados, relembramos nossos familiares, amigos que partiram de nosso convívio. Para uns esse ato de recordar é tranqüilo, sereno; para outros reabre às vezes feridas, renasce o pranto e prolonga a dor porque ainda não conseguiu aceitar a separação daquele ou daquela que partiu do convívio cotidiano. De um ou de outro modo o ato de recordar reacende a saudade, mas também a dor.

A visita que fazemos ao cemitério, as preces que elevamos a Deus, as velas que acendemos, as flores que oferecemos aos nossos entes queridos são um expressão do nosso amor e carinho a eles. Mas não apenas isso. É também expressão de nossa confiança em aqueles que não estão mais juntos de nós fisicamente, que não caminham conosco em nosso dia a dia, definitivamente, não morreram. Essa garantia é o próprio Jesus quem nos da: “aquele que crê em mim, mesmo que morra viverá eternamente” (Jo 11,25). Para os que acreditam a vida não se restringe no aqui e agora que vivemos na história, porém a vida se revela em algo muito maior. A vida apreciada no amor é, na fé, convivência eterna em comunhão com Deus. Essa é a esperança cristã que nos conduz a um olhar confiante e alegre a essa comunhão de amor que há de vir.

Todavia, a vida eterna, a salvação não é para ser buscada apenas depois da morte. Essa busca deve começar aqui e agora. Trata-se antes de tudo de acreditar no chamado que Deus faz a nós em Cristo. Por meio do seu filho Deus nos põe em comunhão com Ele. Mas essa é uma verdade de fé. Assim como somente pela fé em Cristo e sob a ação do Espírito podemos conhecer quem é Deus, do mesmo modo é também pela fé que podemos ter acesso a essa verdade, ou seja, à vida glorificada.

Mas cuidado para não entender errado o que estamos falando. Quando digo que é preciso crer trata-se de acolher aquele que é o Senhor da vida em nossa vida e aceitar que sua Palavra seja “lâmpada para os nossos pés” no dia a dia. Trata-se de deixar que ela – a Palavra - transforme nossa vida a tal ponto que possamos também hoje amar como o Cristo amou e ama, perdoar, solidarizar, profetizar, enfim, servir e fazer o bem como ele o fez. Dessa maneira antecipamos desde já a convivência plena no amor de Deus.

O Cristo glorioso e ressuscitado não é outro senão aquele chorou diante de seu amigo Lázaro, que teve compaixão da multidão faminta, que caminhou em busca da ovelha perdida, que carregou a cruz até o calvário e lá foi crucificado e morto. Com isso quero dizer que seremos o que somos agora. Será eternizado o que agora vivemos e fazemos. Na verdade a promessa e garantia da vida eterna supõe um modo de viver. É um viver segundo Cristo ou como diz Paulo, “não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20).

Tudo o que expressamos é preciso ser visto em relação a outro ato de recordação e celebração que antecede o dia de finados: a Festa de todos os Santos. Louvamos e bendizemos a Deus por todos os santos. Mas quem são os santos? São nossos irmãos na fé que numa determinada viveram a fé em Cristo buscando fazer a vontade do Pai. É verdade que o número dos santos não são somente aqueles que a Igreja já os declarou. Vai muito alem. Ser santo é um chamado dirigido a todos os homens e mulheres que ontem, hoje e amanhã peregrinam por esta terra (1 Cor 1,2). Nesse sentido podemos dizer que todos os nossos irmãos, amigos, familiares que não estão mais conosco já experimentam a alegria de ser santo como nosso Deus é santo em sua ressurreição. Essa mesma alegria somos nós convidados a experimentá-la em nosso caminhar cotidiano rumo à pátria definitiva. Isso implica fazermos o que já expusemos: viver em Cristo abraçado às tarefas do Reino de Deus. Para ser mais claro, viver a caridade com os irmãos, sobretudo, o pobre, o enfermo, o faminto, pois este rosto sofrido é o rosto mesmo de Cristo.

Que essa singela reflexão seja oportuna a você leitor (a) no sentido de cultivar não um sentido de desespero diante da morte ou ainda que lhe ajude a aceitá-la com um olhar sereno. De certa forma a morte é nossa parceira. Sem a morte e experiência da cruz não se experimentará a vida glorificada. Ao mesmo tempo ajude a examinar quais ações são prioritários em sua vida e se elas estão relacionadas às escolhas d’Aquele que nos chama a viver na santidade e nos assegura uma Vida plena, eterna e feliz. De uma coisa estou certo aquele que faz a vontade de Deus não ficará sem recompensa: o cêntuplo nesta vida e a vida eterna.

(fonte: www.dioceseprocopense.org.br/site/artigos/pealcides_finados.doc - autor: Pe. Alcides Andreatta . Mestrando em Teologia Pastoral . Belo Horizonte - MG)

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Ministrar o louvor

















Quatro pontos essenciais para quem ministra louvor


Estar à frente de um povo, sendo canal de benção e direção de Deus é uma missão para o servo do Senhor, que não pode ser levada de forma irresponsável. Além de elevar o próprio louvor ao Senhor, o ministro precisa se preocupar em ajudar aos que estão com ele a também louvarem. É importante que a ministração não seja vista como “animação”, como mero preenchimento de espaço. Cada palavra que sai de nossa boca tem seu efeito na vida das pessoas que se confiam ao nosso ministério. É preciso empenho, fora do altar, púlpito, palco, para que, quando estivermos nele, possamos estar mais abertos à graça de Deus. Sem dúvida, o Senhor não deixa de agir, por que não estamos preparados, mas quando nos dispomos à preparação estamos mais ligados na vontade de Deus e Ele pode agir mais através de nós. Algumas realidades, ao meu julgar, são indispensáveis, para aquele que deseja realmente ser um ministro de louvor segundo o coração de Deus.

INTIMIDADE COM DEUS
Não há como servir a Deus sem conhecê-Lo. Não há como falar Dele, sem saber sobre Ele. A amizade com Deus nos traz a segurança de que Ele estará conosco, que cuidará de tudo. Quando não estamos em unidade com o Senhor sentimos como que se a ministração saísse de nós e não Dele, e sabemos que não temos poder algum, e acabamos querendo forçar Deus a fazer algo pelo nosso falatório, ganhar a graça pela oratória, mas isso o Senhor não faz. Ele não se deixa impressionar pelas palavras, mas pelo coração. Quanto mais próximos do Senhor estamos mais Ele aparece e nós diminuímos, mais Ele opera em nosso favor. Quando buscamos de coração a intimidade com o Senhor, Ele se revela a nós, revela sua vontade para nossas vidas e para a vida dos que estão adorando a Ele conosco. Aí sim, nós no Senhor somos uma potência. O Senhor faz da nossa boa oratória um instrumento cheio de unção, mas se estivermos em comunhão com Ele, senão serão palavras soltas e inférteis.

CONHECIMENTO DA PALAVRA DE DEUS
A Bíblia é como o manual de vida nos dado por Deus. Tudo que precisamos saber para sermos fiéis ao Seu chamado está nela. É uma forma de estarmos também unidos ao Senhor. Lendo Sua Palavra, conhecemos sua vontade, aprendemos Dele como agir, como fazer, o que fazer, como agradar Seu coração. Aprendemos com a história do povo de Deus como ser também desse povo. Quanto mais lemos a Palavra de Deus, mais somos conformados segundo a mentalidade de Cristo, mais enraizamos as verdades do céu em nós e, como sabemos, mais falaremos das coisas celestes, pois a boca fala do que o coração está cheio. Assim, o Espírito Santo poderá inspirar em nós caminhos bíblicos para a ministração. A Palavra diz: “O Espírito vos recordará de todas as coisas”, então é preciso que tenhamos o que ser recordados. Nossa vida precisa ser norteada pela Palavra de Deus, não podemos ser duplos, uma vida ministerial e outra quando não estamos ministrando e isso só aprendemos na Palavra. Lendo-a se faz parte de nós e transforma nosso viver.

EMPENHO MINISTERIAL
O empenho ministerial é aquele tempo que dispensamos para aprender mais do nosso instrumento (se tocamos), mais sobre técnica vocal (se cantamos), é o tempo que dispensamos em aprender mais canções, em tocar e cantar as que sabemos melhor. É também o tempo que tiramos para ler livros, artigos sobre nosso ministério, testemunhos de outros ministros, mais experientes que nós. É o tempo que tiramos para orar por nosso ministério, por aqueles que fazem parte dele conosco. O Senhor é digno de um louvor com excelência e só podemos dar isso a ele se nos empenhamos. É como a parábola dos talentos: o Senhor nos dá o talento, há pessoas que já nasceram com uma voz boa, por exemplo, mas que se não se empenharem em progredir vão acabar enterrando esse talento, o que não agrada ao Senhor. Deus deseja ver seus filhos multiplicando os dons que Ele deu. Esse tempo que reservamos para o nosso ministério reflete como liberdade quando estamos ministrando. Se sabemos as canções, as letras, se estamos confiantes ao cantar, confiantes pelos testemunhos e formação que fizemos e lemos, podemos ficar mais atentos ao mover de Deus e menos em nós mesmos. Se eu não estudo a música, sua letra e melodia, fundamento bíblico-cristão, se não confio na minha técnica musical fico presa demais em mim mesma, para que não erre, não passe vergonha, mas o que deixo passar é a graça de Deus.

SABER SOBRE O LUGAR E SOBRE O POVO
Outra realidade que julgo precisarmos estar atentos é saber sobre o lugar e o povo que estamos ministrando. É muita arrogância do ministro achar que somente ele tem algo a oferecer ao povo, quando na verdade, cada lugar com sua história e experiência de Deus é quem vai direcionar a ministração. O Senhor é conhecedor de todos e de tudo, sabe sobre cada lugar onde nossos pés pisarem, mas nós também, por amor a esse povo, precisamos saber. Cada lugar é precioso aos olhos do Senhor e quando procuramos saber sobre a história e a realidade de algum lugar também somos tomados pelo amor que o Senhor tem por eles. Nos tornamos mais próximos e assim temos maior abertura e confiança daqueles que oram conosco e , assim, maior abertura à graça do Senhor.

Que esse possa ser nosso começo, nosso ponto de partida: buscar dia após dia estar diante de Deus, ler sua Palavra, ouvir a Sua voz, nos empenharmos em dar um louvor com excelência ao nosso Deus e amar, amar a todos que o Senhor colocar em nossos caminhos. Tudo isso, claro, com a ajuda do Espírito Santo, aquele que opera todas as coisas em nós.

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Artista principal ou coadjuvante?


Uma reflexão sobre a identidade do músico católico

O que é ser artista principal ou coadjuvante? no dicionário o real significado dessas palavras é:
- Principal significa ser o primeiro, o mais considerado, o mais importante, fundamental, essencial.
- Coadjuvante vem do verbo coadjuvar, que significa ajudar a outrem, trabalhar com, colaborar no intuito comum.

Quando nos colocamos ao serviço da evangelização, devemos sempre nos lembrar que o artista principal deve ser Deus. Ele deve ser O primeiro, O mais importante, O essencial, nós devemos ser apenas coadjuvantes, instrumentos de evangelização, devemos pensar sobre a responsabilidade que temos aos assumirmos nossa verdadeira missão, a qual fomos chamados, se estivermos preocupados com as glórias, fama, reconhecimentos ou dinheiro, com certeza estaremos no caminho errado. Vejam o que o Papa João Paulo II nos fala sobre isso na Carta aos Artistas: “A vocação diferente de cada artista, ao mesmo tempo que determina o âmbito do seu serviço, indica também as tarefas que deve assumir, o trabalho duro a que tem de sujeitar-se, a responsabilidade que deve enfrentar. Um artista, consciente de tudo isto, sabe também que deve atuar sem deixar-se dominar pela busca duma glória efêmera ou pela ânsia de uma popularidade fácil, e menos ainda pelo cálculo do possível ganho pessoal. Há, portanto, uma ética ou melhor uma «espiritualidade» do serviço artístico, que a seu modo contribui para a vida e o renascimento do povo. A isto mesmo parece querer aludir Cyprian Norwid, quando afirma: «A beleza é para dar entusiasmo ao trabalho, o trabalho para ressurgir. »”

No II Encontro Nacional da Equipes de Nossa Senhora, realizado em Florianópolis (SC), o secretário geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa disse em uma palestra uma coisa que me marcou muito, “Grandes atores e atrizes fazem o público rir e chorar com muita facilidade, e isso não quer dizer que eles acreditem piamente naquilo que estão interpretando”.

Devemos ter o cuidado de não nos tornarmos apenas artistas, que fazem as pessoas se emocionarem, mas em nosso íntimo, não acreditarmos e vivermos aquilo que proporcionamos aos outros, vale lembrar aquilo que Jesus nos diz no evangelho de (Mateus 7, 22-23) “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos os demônios e fizemos muitos milagres? E, no entanto, eu lhes direi: Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus!”

Recomendo a todos os artistas que leiam a carta que o Papa João Paulo II nos escreveu, tenho a certeza que vai acrescentar muito em suas vidas. Para quem deseja realmente ser um artista coadjuvante, deixando o papel principal para Deus, busque sempre o fortalecimento espiritual nos sacramentos, em especial, na Eucaristia, na constante oração, sempre que possível, com os joelhos no chão, reconhecendo a nossa miséria diante do nosso Criador.


Rogério Aquino é cantor, compositor e vocalista da banda Ecclesis

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Pecados que os músicos podem cometer


Confira abaixo os 30 pecados do músico, elaborados por Pe. Joãozinho e Serginho Valle! Tenho certeza que você, assim como eu, já se encaixou ou se encaixa em um deles.

  1. Fazer do altar um palco
  2. Impor sempre seu gesto pessoal
  3. Cantar por cantar
  4. "Só toco se for do meu jeito"
  5. Ir sempre contra a idéia da equipe de celebração e do padre
  6. Escolher sempre as mesmas músicas
  7. Nunca sorrir
  8. Usar instrumentos desafinados
  9. Tocar músicas de novela em casamento
  10. Afinar os instrumentos durante a missa
  11. Colocar letra religiosa em música da "parada"
  12. Nunca estudar liturgia
  13. Não prestar atenção na letra do canto
  14. Não ler o Evangelho do dia antes de escolher as músicas
  15. Cantar forte demais no microfone, ou seja, o seu é sempre o mais alto
  16. Volume dos instrumentos (muito) acima do volume dos microfones
  17. Coral que canta tudo sozinho
  18. Cantar só para exibir-se (estrelismo)
  19. Distrair a assembléia com conversas paralelas durante a missa
  20. Não avisar ao padre as horas que serão cantadas
  21. Nunca ensaiar novas canções nem estudar o instrumento que ministra (voz, violão, teclado...)
  22. Ensaiar tudo antes da missa
  23. Cantar músicas desconhecidas
  24. Usar roupa bem extravagante, que chame a atenção
  25. Fazer de conta que está em um show de rock
  26. Perder contato com a assembléia
  27. Músicas fora da realidade e do tempo litúrgico
  28. Fazer o máximo de barulho
  29. Não ter vida interior, oração com o Ministério inteiro ou falsa humildade
  30. Repetir no fim de cada celebração: VOCÊS SÃO ÓTIMOS, EU SOU APENAS O MÁXIMO!


PARA REFLETIR

Espero que você tenha se conscientizado e comece a mudar a sua maneira de ministrar música na Igreja: passe essa lista aos outros integrantes do seu grupo. Tenho certeza que vocês crescerão muito com isso. As qualidades que você precisa ter para ministrar a música são:

- humildade
- ser pessoa de oração
- saber sorrir
- amar a Deus
- ter vida interior
- inspirar segurança e confiança
- ter bom ouvido musical
- ser discreto
- ser instrumento de Deus
- ser paciente e persistente
- bom senso
- ser profeta ( falar e cantar em nome de Deus)

Com isso podemos começar a servir a Deus. Não caia novamente nos pecados do músico.
Um bom líder sabe que varias cabeças pensam melhor que uma!

Jovens brasileiros proporcionam o renascer da música antiga

Cada vez mais jovens paulistas vêm se dedicando à música antiga, embora os mais velhos achem retrógrado.

Eles jovens procuram melodias de épocas passadas, sobre tudo daIdade Média, do Renascimento e do período barroco, para as quais não há bem partituras, ou é difícil achar os instrumentos certos.

A tendência se reproduz nas cidades mais modernas do país.

Cravos, alaúdes e flautas de outros séculos voltam a ver a luz especialmente recriados para atender a nova tendência.

Na Idade Média a música profana nasceu sob o bafejo inspirador do gregoriano. As notações eram simples.

O gregoriano criou a base da notação musical, porém dava mais importância ao “pneuma”, original desenho que transmitia a “alma” da partitura.

O mesmo acontecia com a música profana, com a diferença que de esta última ficaram poucos registros.

A inspiração, o talento, as inúmeras e cambiantes circunstâncias do momento faziam com que de uma mesma partitura brotassem pelo talento do artista interpretações originais, tal vez ouvidas só uma vez na história.

Nos séculos seguintes exagerou-se no outro sentido: o de pôr acima de tudo a anotação escrita, aliás, boa e necessária.

Os luthiers (artesãos que fazem instrumentos de cordas, como o alaúde) de hoje constroem instrumentos o mais parecidos com os dos séculos XVII e XVIII.

Eles não pertencem a velhas linhagens de artesões, mas partem de zero.

É um renascer da tradição a partir da saudade de algo que as novas gerações não conheceram mas se perguntam por quê deixou de existir.

(Extraído do blog Luzes de Esperança)

Músicos é necessário postura para uma técnica aprimorada!


Inicialmente ao falar de postura é preciso avaliar locais, situações, ocasiões. A palavra significa posição do corpo ou parte dele; atitude. Logo, podemos ir além da postura e falar de comportamento que vem a ser o conjunto de reações de um indivíduo.

Habitualmente o que se espera de um ministro de música na igreja é que tenha um comportamento adequado e um movimento de acordo com o ambiente em que está; incluindo bom senso principalmente.

É um tanto complexo falar de posturas e comportamentos, pois se questiona o que é certo e errado, conceitos chegam às pessoas como julgamentos. Não é esse o objetivo desse artigo. Na verdade é apenas para relembrar que é preciso ter uma postura nas celebrações. Lembrar que servimos a Deus, e a igreja é um local sagrado que exige respeito, silêncio, atenção, levar o povo a rezar, celebrar com os momentos de festa, enfim ser instrumento para Aquele que nos colocamos a serviço. Isso inclui um comprometimento, não apenas nos finais de semana, ou durante a celebração, mas está no agir diário de ser cristão em qualquer local e situação.

Durante as celebrações, é bom lembrar, inclusive, que o ministro de música canta com a comunidade e não para a comunidade, o que temos aí uma diferença. O músico, neste caso, tem como missão levar as pessoas a celebrarem e não assistirem uma apresentação musical. Aliás, podemos citar muitas paróquias em que o grupo de canto apenas canta para si mesmo, e a comunidade só assiste. No caso da Santa Missa, o centro é o Cristo, os animadores devem partilhar da canção com povo. Se os cânticos forem novos, ensaiar com a comunidade antes da celebração seria uma boa idéia, mas não cantarem apenas músicas conhecidas por eles (os músicos) e deixar o povo apenas de expectadores/ouvintes.

Algo de suma importância é um bom diálogo com o celebrante, o padre! O sacerdote deve saber as partes da liturgia que foram preparadas para serem cantadas (Glória, Salmo, Santo, Pai-Nosso, Cordeiro), saber os cânticos escolhidos (Entrada, Oferenda, Comunhão, Final) e certamente tais cantos devem estar de acordo com o rito do dia.

Há um grande número de jovens participando de grupos de cânticos nas missas, é belo vê-los presente, mocinhas, rapazes, é nossa igreja amanhã, pais e mães em um futuro próximo, porém esse é o momento de catequizá-los. Deixar os chicletes, blusinhas curtas, decotes, transparências e shorts curtinhos para outros ambientes. Convenhamos que não seja a melhor opção em uma celebração Eucarística e dentro de uma igreja.

Outro detalhe que é necessário citar é a altura dos instrumentos musicais nas celebrações, às vezes estão tão alto que não se escuta letra, o grupo e a comunidade. Instrumento é acompanhamento na celebração. Deve-se ter bom senso quanto a isso, não adianta muito barulho onde se celebra a palavra cantada.

Vale lembrar que conversas paralelas durante a celebração, mesmo que sejam sobre as músicas escolhidas, tons, etc., não é correto. Uma boa dica é marcar um dia e horário para discutir sobre as leituras, os cantos apropriados e os tons das canções. Na hora da celebração certamente não é o mais coerente. No caso de uma extrema necessidade, usar de discrição seria o mais viável.

Durante a execução dos cantos, também existe uma forma de se portar. A postura de nosso corpo deve estar de acordo com aquilo que se canta. A expressividade é um todo. Além das técnicas aplicadas ao canto, também é importante observar como se apresentar, como transparecer nossa essência, como sorrir e respondemos a essa expressividade. Ao cantar, os olhos, o corpo, a face corresponde ao que a música representa em nós e procura-se através das canções levarem pessoas a Deus!

A harmonia dos sinais (canto, música, palavras e ações) é aqui mais expressiva e fecunda por exprimir-se na riqueza cultural própria do povo de Deus que celebra”. CIC 1158

Colocar um dom à disposição da igreja é colocar sua vida em serviço. Que saibamos estar inteiros em nossa missão, fazendo de nossa música uma música voltada para o Cristo e levando nossos irmãos a celebrar em harmonia com nossa expressão.

Karla Fioravante
Cantores de Deus - São Paulo-SP